domingo, 23 de setembro de 2012

 
Passeando pelas redes sociais, em especial o Facebook, percebo um constante compartilhamento de imagens curiosas sobre o dito e reconhecido mensalão, a ação penal 470, e outras imagens dos Ministros do STF, lógicamente fabricadas por pessoas leigas que veem apenas a imagem torpe fabricada nas máquinas de imprensa. Que mania é essa que temos de fazer alguém que não faz menos que aquilo que se prestou exercer, alguém que faz isso de modo correto certamente, mas que ainda não merece o status de um titã mitológico, digo que não compartilho essas imagens por entender que isso é apenas uma concepção fabricada e que a verdade está para além desse maniqueísmo descabido mas ainda tão usado.

Diante disso constato, como já fizera muito antes em minha infantil e inocente compreensão cidadã, que o Brasil é um país tão absurdo que quando alguém cumpri tão somente o seu trabalho com honestidade, principalmente no serviço público, já é cotado para ser Presidente da República - olha essa imagem acima(?!). É de uma ignorância tal que parace algum sketch de programa de humor. Não engane-se, pois isso além de um motivo plausivo de orgulho é uma sintoma de preocupação, que denota o quanto este país está invadido de corrupção e desesperança, como em uma simbiose uma evolui seguidamente da outra, onde nós, brasileiros, acostumados com um Estado fálido em todas as suas instituições, muito mais além do que aquelas falhas toleráveis numa república democrática de direito, vemos um tribunal muito mais independente que o esperado - ainda que com atuações escabrosas que fortalecem o pensamento senso comum que juíz que julga político é comprado - dizer que ainda há uma luz no fim do túnel, que dá um bom exemplo a todos os outros seguimentos do poder estatal e convoca a todos a subir nesta condução.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitRR5GshtSaIJA-j1_nm0vdR2Tj0qg5jrrKcjxae8GsyRRBFeOoRD9eymVeIYSh2KedZNGRP5rWMgxCbpCHdMO6xPLV1a8ej4c1wa2WIdPvmESv_Y4Sd02ynMQqPJBmYTew7LLIdh4sZI/s1600/balanca.jpg

O importante é manter a justiça, com ou sem saraivada de críticas, indepedente de qualquer passageirismo político e camaradagem partidária, até porque juíz tem garantia de vitaliciedade, e todo e qualquer político está aparando apenas pela vontade popular que invoca de 4 em 4 anos. Mais importante que julgar e punir é saber fazê-lo com altivez, responsabilidade e consciência própria do cargo ao qual esteja incumbido. Para além do julgamento dos réus no referido caso há uma nação que clama por justiça, ainda que sem saber como e por quê sabe que este sentimento é inerente a sua pessoa, não é julgar para uns ou outros, é julgar para todos e tentar lustrar a justiça já muito desgastada com a descrença popular.